quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dia de cão.

É o Benfica que perde, é o IVA que sobe... Três pontos contra o Braga e não se fala mais nisso.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

E vergonha?

O presidente do FCP vem mais uma vez fazer discursos com o Benfica sempre na ponta da língua. Mais uma vez as suas declarações, certamente feitas na "sua ironia habitual", são espalhadas por todo o lado.
Fala, mais uma vez, no campeonato dos túneis e em comunicados encomendados a jornalistas.

E, mais uma vez, ninguém lhe pergunta se o campeonato dos túneis é o campeonato do guarda Abel e se os jornalistas de encomenda são como aquele pato que aparece nas escutas do Youtube a receber instruções suas.

domingo, 26 de setembro de 2010

Fim de Semana à Benfica

Futebol: Marítimo-Benfica (0-1)
Futsal: Fundação Jorge Antunes-Benfica (1-5)
Hóquei em patins: FC Porto-Benfica (4-8) - Supertaça
Andebol: ABC-Benfica (25-27)
Voleibol: Benfica-V. Guimarães (3-2)

Madeira

Mais 3 pontos que podiam ter sido fáceis, com o Cardozo a ter um jogo infeliz ao desperdiçar dois golos feitos, coisa que não costuma acontecer (pelo menos sem se redimir marcando mais um ou dois). Atenuou isso com duas assistências para o Saviola (também um pouco azarado a finalizar) e Gaitán. O Fábio Coentrão fez uma segunda parte em grande nível e está numa forma espectacular. O Roberto também aparece cheio de confiança e a provar que merecia pelo menos o benefício da dúvida em relação à sua qualidade (mas, volto a assinalar, não em relação ao valor que o Benfica pagou pelo seu passe). No geral a equipa esteve bem e parece estar a pouco e pouco a voltar ao nível que lhe conhecemos.

E, claro, mais um penalty claro não assinalado a nosso favor.

Venha o Braga.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Derby

Hoje à tarde piquei o Manchester United - Liverpool. O Berbatov marcou um hat-trick e dei por mim a pensar que daí a umas horas era a vez do Cardozo. E foi quase.

O Benfica jogou sempre melhor e nunca se sentiu que o Sporting podia dar a volta. Acho até que o resultado foi escasso. Apesar de não ter havido grandes casos, o Xistra deu um ar da sua graça com os cartões (novamente um exagero e com critério bastante diferente em relação ao Yannick do que houve da parte do Olegário em relação ao Javi em Guimarães). Durante o intervalo vi a jogada do amarelo ao Coentrão numa tv no estádio e confirmei o que me tinha parecido antes: só pode ter sido para fazer rir.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Xistra e a dúvida.

A única dúvida que tenho para o derby é quem vai ser prejudicado?

a) O Benfica - para ficar já o assunto arrumado.

b) O Sporting - para não dar muito nas vistas e dar armas de arremesso aos anti-benfiquistas no que toca às arbitragens.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Record soma e segue

Depois da hilariante fantochada com o Twitter que afinal não era do Cajuda, foram umas declarações de Aimar completamente viradas do avesso. O Benfica reagiu bem:

Comunicado
Contrariar a incompetência

Mais um exemplo de bom jornalismo. Ontem, no final do jogo com o Hapoel, e já na zona mista, o jornalista do “Record” questionou Pablo Aimar sobre o apelo saído do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica para que os adeptos não se desloquem aos jogos que a equipa realize fora do Estádio da Luz.

A pergunta terminou da seguinte forma: “Mas os jogadores não precisam do apoio dos adeptos?” A resposta era óbvia. “Gostamos sempre de ter os adeptos connosco”, disse o jogador argentino, que, sem se deter, também afirmou: “Mas se a Direcção tomou essa posição é pelo bem do Benfica, temos de a respeitar.”

De tudo isto o “Record” colocou na primeira página “Aimar contraria apelo directivo”. Contrariar significa ir contra. Aimar fez exactamente o oposto. Mas algum iluminado na redacção do “Record” não deve saber o significado da palavra contrariar.

Uma simples consulta ao dicionário teria resolvido o problema.


O Record pede desculpa:

Uma incorreta interpretação das palavras de Aimar a propósito da decisão dos órgãos sociais do Benfica em apelar à não comparência de adeptos nos jogos que a equipa realiza fora de casa, levou-nos a fazer uma chamada na primeira página, na edição de ontem, que não corresponde ao sentido das declarações do jogador argentino.
Apesar de no interior do jornal ter sido escrito o que Aimar de facto disse, cometemos o erro, do qual nos penitenciamos, de alterar o sentido das suas palavras no título da primeira página. Apresentamos, pois, desculpas ao jogador, ao Benfica e naturalmente aos leitores.

Não há um código deontológico? Não há uma autoridade que observe que esta coisa impressa ignora esse código consistentemente e meta aquilo na linha? Que nojo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Laurentino Dias veta Ricardo Costa

E sugere Guilherme Aguiar. À descarada.


http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/sport/desporto/laurentino-veta-ricardo-costa

Os adeptos e o boicote

Sinto-me bastante dividido. Não acredito que haja um jogador que prefira não ver adeptos da sua equipa no topo de qualquer estádio. E acredito que o acompanhamento dos adeptos a qualquer estádio do mundo faz parte do Benfica.

Por outro lado, também me parece que esta é uma maneira de fazer os clubes pequenos perceberem o que realmente importa no nosso campeonato. Li por aí na blogosfera que a receita nos jogos com o Benfica chega a 1/5 ou mesmo 1/3 do orçamento de alguns clubes. Não me vou armar em detective a confirmar isso nos relatórios de contas dos clubes, mas ao ler as declarações de vários presidentes ao longo do dia de ontem, parece que essa receita tem mesmo um peso enorme.

Ameaça de boicote preocupa adversários dos encarnados


A situação não é dramática, mas o alarme já soou, com alguns dos adversários do Benfica a manifestarem desconforto pela posição dos órgãos sociais do clube da Luz tornada pública anteontem durante uma conferência de Imprensa: o Benfica, recorde-se, pediu aos seus simpatizantes para deixarem de ir aos estádios de outros clubes. Uma medida que castiga o emblema da Luz, que assim se verá privado do apoio dos adeptos nos jogos fora - e sabe-se a importância que isso tem no rendimento da equipa -, mas também os próprios rivais, que perdem importantes receitas com a eventual ausência de adeptos benfiquistas nos seus estádios. Na verdade, como se pode verificar no quadro em anexo com dados relativos à última temporada, o Benfica arrasta uma enorme multidão, sendo uma fonte de receitas determinante para muitos clubes.
"A decisão pode prejudicar o Paços de Ferreira e muitos outros clubes. O Benfica arrasta multidões. Quando se fala em fair-play e em reduzir o preço dos bilhetes para chamar adeptos, não me parece positivo que surja agora um pedido para que as pessoas não vão ao estádio", explicou Carlos Barbosa, presidente do Paços de Ferreira, à agência Lusa. Também António Silva Campos, responsável máximo do Rio Ave, demonstrou a sua apreensão pela sugestão dos órgãos sociais do Benfica: "Acho que é uma medida que prejudica qualquer clube. Esta não me parece ser uma atitude sensata. Eles [Benfica] até podem ter razão para tal, mas creio que não dignifica o futebol português e terão de assumir as responsabilidades. É o único clube que, quando vem a Vila do Conde, nos consegue encher o estádio."
Mais contundente foi Fernando Rocha, presidente do Portimonense: "Nem vale a pena estarmos aqui com grandes conversas. Se ninguém do Benfica viesse ver o jogo ao Estádio do Algarve, era mau para o Portimonense, assim como seria mau para todos os clubes."
O jogo com o Vitória de Guimarães e os lances alegadamente mal ajuizados por Olegário Benquerença - dois penáltis e dois foras-de-jogo - foram a gota de água que fez perder a paciência a Luís Filipe Vieira e seus pares, tendo a Direcção decidido reagir intempestivamente, mesmo em prejuízo próprio e sabendo que o preço a pagar pela sugestão pode ser muito elevado.

O peso das águias nos estádios da Liga

Adversários | Lotação | Espectadores | Média
Guimarães 29 865 | 27 310  | 15 884
Belenenses 19 980 | 17 473 | 3377
Leiria 23 500 | 22 676 | 3480
P. Ferreira 5172 | 4865 | 1659
Braga 30 286 | 24 181 | 14 274
Sporting 50 080 | 45 880 | 24 606
Olhanense 11 622 | 8206 | 4362
Rio Ave 10 751 | 7060 | 2593
Marítimo 5000 | 5000 | 3490
Setúbal 15 457 | 9640 | 4407
Leixões 9766 | 6474 | 3644
Nacional 5132 | 4646 | 2092
Naval 9471 | 7491 | 2092
Académica 29 880 | 21 742 | 4960
FC Porto 50 399 | 44 902 | 33 464

Reacções

Resolver

"Nem vale a pena estarmos aqui com grandes conversas. Se ninguém do Benfica viesse ver o jogo, era mau para o Portimonense"
Fernando Rocha, presidente do Portimonense

Dependência

"Todos nós dependemos uns dos outros e, quanto mais pequenos formos, mais respeito merecemos"
Luís Godinho, vice-presidente da Académica

Equilíbrio

"O Benfica arrasta sempre muitos adeptos e, para o Rio Ave, essas receitas são muito importantes"
António Silva Campos, presidente do Rio Ave

Melhor

"O Benfica é, por norma, o clube que proporciona melhor receita"
Carlos Barbosa, presidente do Paços de Ferreira

Melhor

"Acredito que os dirigentes do Benfica serão inteligentes para perceber o que é melhor para a instituição e para o futebol português"
Isidoro Sousa, presidente do Olhanense

O Jogo

No entanto é certo que os adeptos do Benfica continuarão a ir aos jogos fora. A dúvida é saber quantos. E este meio termo pode acabar por fragilizar o Benfica, numa situação em que nem o boicote é feito nem a presença dos adeptos terá a força que habitualmente tem, colocando as deslocações do Benfica ao nível das dos outros grandes. Pequeninas.

Uma volta pela imprensa de hoje - parte 2

O modo como o Benfica geriu a vitória no campeonato mostra os quilómetros de distância que ainda o separam do FC Porto na gestão dos sucessos. Quando o FC Porto foi campeão europeu, perdeu a maior parte da equipa e manteve-se no topo. O Benfica ganhou o campeonato, valorizou os jogadores, vendeu dois – e desnorteou-se por completo. 

Record online, escrito por José António Saraiva.

Ora, então este iluminado acha que fazer a pior época de que há memória com 2 ou 3 treinadores diferentes e perder o campeonato para o Benfica (que não foi propriamente brilhante como o do ano passado e fez uma pontuação que em mais nenhum ano lhe permitiria ser campeão), é manter-se no topo. Com imprensa desta é óbvio que o FCP passa sempre por clube organizadíssimo e o Benfica por anarquia total.

Uma volta pela imprensa de hoje

O Benfica venceu com dificuldades o Hapoel (2-0), deixando preocupantes mostras de debilidade na defesa e lacunas na construção ofensiva. As águias ofereceram a sua versão cinzenta no regresso à máxima competição continental. A fluidez ofensiva, a ordem táctica e a velocidade entre linhas que faziam o campeão luso brilhar na época passada parecem ter-se esfumado. 

Marca.com (através d'O Jogo online)

Por muito que me custe, tenho que concordar com a parte a bold. Mas acredito que vamos voltar a ver o Benfica da época passada brevemente.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cardozo

O Benfica ganhou hoje 2-0 ao Happoel no primeiro jogo da Liga dos Campeões. Cumpriu os mínimos olímpicos, o Aimar fez algumas excelentes jogadas e saíu lesionado, o Roberto teve algumas boas intervenções, mas não é isso que me leva a escrever.

Consta que Roberto Dinamite disse uma vez que no futebol há nove posições e duas profissões. Referia-se aos guarda-redes e aos pontas de lança. São posições solitárias e em que não há teorias que possam ser defendidas em relação a um ou outro jogador. Um impede a bola de entrar na baliza (ou não). O outro faz a bola entrar na baliza (ou não).

Desde que chegou ao Benfica não há jogo em que não assista a alguém ao meu lado dizer mal, assobiar e insultar o Óscar Cardozo. Ele vai marcando golos, mas é lento. Não corre. Não faz fintas. Não joga para a equipa. Não é o Miccoli, esse é que era. Pois, o Cardozo marca golos, que é, afinal de contas, o objectivo do futebol: meter a bola dentro da baliza. Alguém no seu perfeito juízo consegue entender isto?

O Cardozo prepara-se para ser o melhor marcador estrangeiro do Benfica. Faltam meia dúzia de golos para alcançar o Magnusson, um tipo que, hoje em dia, ninguém critica e muitos idolatram. Mas quando o Cardozo o ultrapassar (e com mais golos em menos jogos) vai continuar a ser arrasado por uns quantos iluminados benfiquistas que acham que um tipo que marca golos atrás de golos é mau ponta de lança.

Opinião

a) Reafirmar a total confiança do Clube nos seus atletas e na sua equipa técnica, e a garantia de que ninguém vai desistir dos objectivos propostos no inicio da presente temporada. Resistir é próprio dos que nesta casa se bateram e continuarão a bater pela verdade no futebol português.

Como é óbvio. Só espero que ainda encontrem motivação, mas não quero acreditar noutra coisa.

b) Compreendemos e associamo-nos ao movimento de indignação que desde sexta-feira varre o país. Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Benfica que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que o Benfica realiza no Estádio da Luz, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa.

Esta custa-me um pouco. Por um lado porque gosto de ir à bola a todo o lado. Por outro, porque acho que a nossa força é mesmo essa e devíamos continuar a mostrá-la e a apoiar os nossos. Também acho que por muito que a direcção faça este apelo, os benfiquistas vão continuar a ir à bola de norte a sul, tendo em conta que para muitos essa é a única hipótese que têm de ver o Benfica.   

c) Solicitar ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica a suspensão imediata de quaisquer negociações relativas aos direitos televisivos relativos aos jogos da sua equipa profissional a partir da época 2012/13 que possam estar a decorrer com a Olivedesportos. Mais, foi igualmente solicitada uma avaliação no sentido de apurar a possibilidade do Clube passar a gerir de forma autónoma os seus direitos audiovisuais. 

Acho que é aqui, na carteira, que dói mais. O meu receio é que a Liga decida avançar para uma negociação colectiva (confesso que não faço ideia se isso é legalmente possível, nunca se sabe), mas acho que o Benfica deve manter este trunfo enquanto puder.

d) Equacionar, em face do desgaste e da falta de garantias de isenção na arbitragem agora evidenciadas, a participação na presente edição da Taça da Liga.

Apoiado. É uma atitude muito mais mediática e que pode lançar algumas luzes lá fora sobre o protesto e a vergonha cá dentro.
 
e) Solicitar à comunicação social que, fazendo o seu trabalho, denuncie quem adultera as regras. Que investigue as notas que alguns observadores têm atribuído a algumas actuações de árbitros. Que compare aquilo que sucedeu no campo com a nota posteriormente atribuída.
 
f) Solicitar ao Senhor Ministro da Administração Interna uma audiência para debater a violência de que a equipa do Benfica tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto. Não queremos confundir as gentes do Porto – que seguramente não se revêem neste tipo de comportamento – com um grupo de delinquentes que organizada e reiteradamente e de forma impune têm vandalizado o autocarro do Benfica e atentado contra a integridade física dos seus atletas.


 Fogo de vista, mas convém frisar, não fica mal.

g) Declarar o Secretário de Estado ‘persona non grata’ pelo trabalho que prestou ao futebol português. Abandonou a anterior Direcção da Liga no seu combate pela credibilização do futebol português, alheou-se – por completo – do processo “apito Dourado”. É, ainda, o responsável por nada fazer para aplicar a lei, pelo que a arbitragem e a Comissão Disciplinar continuam na Liga, quando já deviam estar na Federação Portuguesa de Futebol desde 1 de Julho.

Esta alínea, além da guerra ao Secretário de Estado, coisa que não me aquece nem arrefece, mostra que o Benfica está atento na questão dos novos estatutos da lei de bases para o desporto e faz-me acreditar (ainda para mais depois das declarações do Fernando Seara na RTP1) que o Benfica está a preparar um candidato para a Federação.

Comunicado

Há momentos que exigem ponderação de análise e firmeza na acção. Há momentos que obrigam a uma participação alargada na tomada de decisões porque isso fortalece a decisão. Razões suficientes que justificaram a convocação de um plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica. Nunca defendemos condições de privilégio, o que sempre reclamámos na nossa história foi igualdade de tratamento, isenção no momento de tomar decisões e verdade.

São estes princípios que garantem a credibilidade em qualquer sector de actividade, seja na política, na economia ou no desporto. São estes princípios que, infelizmente, têm faltado ao campeonato de futebol profissional da primeira Liga nestas primeiras quatro jornadas.

Perante a evidência de tantos erros em tão pouco tempo, a esperança de um campeonato sério ainda não morreu, mas foi fortemente atingida. Aceitar com ligeireza o que se tem passado neste início de campeonato é negar o obvio e pactuar com a mentira.

Qualquer generalização é perigosa e nós não o queremos fazer. Há árbitros competentes – temos essa consciência e essa certeza – mas, infelizmente, por acção de alguns, todos são postos em causa.

O Benfica agirá sempre no estrito cumprimento da lei, não estando disponível para trilhar caminhos sinuosos que outros percorreram sem problemas de consciência e sem reparo ou castigo da justiça.

Se for outro caminho que os benfiquistas querem seguir, então estes órgãos sociais não servem. No nosso mandato não vamos montar uma estrutura organizada à margem da lei, nem um modelo de violência e intimidação de agentes desportivos ou jornalistas. Essa não é a nossa postura, nem a nossa forma de agir. Ganhar dessa forma é apenas alimentar uma mentira.

Da reunião do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica foram assumidas as seguintes orientações:

a) Reafirmar a total confiança do Clube nos seus atletas e na sua equipa técnica, e a garantia de que ninguém vai desistir dos objectivos propostos no inicio da presente temporada. Resistir é próprio dos que nesta casa se bateram e continuarão a bater pela verdade no futebol português.

A falta de credibilidade que está a atingir a arbitragem enfraquece o futebol e só quem não está preocupado com o futebol pode estar satisfeito com a presente situação. Não é ilibando, nem protegendo aqueles que reiteradamente erram que se protege o futebol. Há quem veja e queira fazer-se de cego. A esses, essa cegueira tem de custar-lhes caro.

O futebol protege-se agindo, assumindo as medidas necessárias para que a transparência regresse à nossa arbitragem. Quem tem responsabilidades perante a actual situação tem de se fazer ouvir.

O futebol não é viável sem verdade e sem acções. O senhor Vítor Pereira deve pronunciar-se sobre o que se passou, sobre o que pensa fazer para o futuro e sobre o entendimento que tem – na forma e no tempo - sobre a homenagem promovida no dia 5 de Setembro, pela Associação de Futebol do Porto, ao senhor Olegário Benquerença.

Citando o Presidente da UEFA, Michel Platini “os árbitros incompetentes devem ser varridos do futebol”. Pela nossa parte, acabou a tolerância com árbitros incompetentes ou habilidosos.

Cada um deve assumir as suas responsabilidades e o senhor Vítor Pereira tem a obrigação de garantir condições de igualdade nos critérios e na acção dos árbitros a todos os clubes em Portugal. Algo que até aqui não aconteceu.

b) Compreendemos e associamo-nos ao movimento de indignação que desde sexta-feira varre o país. Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Benfica que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que o Benfica realiza no Estádio da Luz, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa.

A equipa já sabe que vai ter de lutar contra muitas adversidades, algumas previstas, outras totalmente imprevistas - já o sentiu neste início de época - e vai conseguir superá-las, mas os sócios e adeptos do Sport Lisboa e Benfica não devem continuar a ser lesados económica e emocionalmente.

A nossa ausência será o melhor indicador da nossa indignação.

c) Solicitar ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica a suspensão imediata de quaisquer negociações relativas aos direitos televisivos relativos aos jogos da sua equipa profissional a partir da época 2012/13 que possam estar a decorrer com a Olivedesportos. Mais, foi igualmente solicitada uma avaliação no sentido de apurar a possibilidade do Clube passar a gerir de forma autónoma os seus direitos audiovisuais.

Não podemos continuar a tolerar que a falta de seriedade dentro de campo tenha a cumplicidade daqueles que, tendo os nossos direitos televisivos, não revelam isenção na análise e camuflam os erros daqueles que sistematicamente nos prejudicam.

d) Equacionar, em face do desgaste e da falta de garantias de isenção na arbitragem agora evidenciadas, a participação na presente edição da Taça da Liga.

e) Solicitar à comunicação social que, fazendo o seu trabalho, denuncie quem adultera as regras. Que investigue as notas que alguns observadores têm atribuído a algumas actuações de árbitros. Que compare aquilo que sucedeu no campo com a nota posteriormente atribuída.

 
f) Solicitar ao Senhor Ministro da Administração Interna uma audiência para debater a violência de que a equipa do Benfica tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto. Não queremos confundir as gentes do Porto – que seguramente não se revêem neste tipo de comportamento – com um grupo de delinquentes que organizada e reiteradamente e de forma impune têm vandalizado o autocarro do Benfica e atentado contra a integridade física dos seus atletas.

g) Declarar o Secretário de Estado ‘persona non grata’ pelo trabalho que prestou ao futebol português. Abandonou a anterior Direcção da Liga no seu combate pela credibilização do futebol português, alheou-se – por completo – do processo “apito Dourado”. É, ainda, o responsável por nada fazer para aplicar a lei, pelo que a arbitragem e a Comissão Disciplinar continuam na Liga, quando já deviam estar na Federação Portuguesa de Futebol desde 1 de Julho.

Para além de tudo isto, lamentar as declarações desrespeitosas que o Secretário de Estado teve para com o Sport Lisboa e Benfica e que branqueiam o comportamento daqueles que adulteram a verdade desportiva.

Quem se demite das suas responsabilidades, deve saber que isso tem consequências.

Queremos concluir dizendo que compete aos benfiquistas defender o Benfica e apelando a todos para amanhã, no nosso estádio, darmos uma grande demonstração da nossa força e da nossa união.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Kléber

O Marítimo também não anda de boa saúde. Contra o Paços (com um golo do nosso Nélson Oliveira) viu dois golos anulados e um penalty não assinalado. O árbitro foi o nosso amigo Cosme Machado, da primeira jornada com a Académica. Coincidências.

As Ligas

Quando se criou a Liga Profissional de Basquetebol o Benfica vinha de 7 títulos seguidos e 10 campeonatos em 11 anos. Depois da criação da Liga não ganhou mais nenhum. Com o abandono do Benfica em 2007/2008 (para a Proliga da Federação) e a extinção da Liga Profissional, o campeonato nacional voltou a ser organizado pela Federação, como Liga Portuguesa de Basquetebol. Em dois anos o Benfica foi campeão duas vezes.

E no futebol?

No outro dia

Parece que no Sábado houve um grande jogo de futebol lá para o norte do país. Com grandes golos e muita emoção. Pudera.

Gostei foi do abraço sentido entre o Villas Boas e o Domingos. Um estava bem mais sorridente que o outro, porque será?

domingo, 12 de setembro de 2010

FPF

Diz a Lusa que a Federação se encontra em "dupla irregularidade jurídica":

O momento conturbado que a Seleção vive é mais um sinal da confusão reinante na federação, que continua a viver em dupla ilegalidade jurídica, sem as obrigatórias eleições à vista.
O futebol é a única modalidade que não adequou os seus estatutos à nova Lei de Bases do Sistema Desportivo - por isso foi-lhe parcialmente suspenso o estatuto de utilidade pública: os seus órgãos sociais continuam, assim, a desrespeitar tanto o agora regulamentado pelo governo, como as regras anteriores. 

Quando as associações aprovarem a adequação dos estatutos - estarão a negociar com outros sócios ordinários da FPF uma nova proposta mais favorável e que esteja de acordo com a lei - o futebol terá meio ano para marcar eleições. 

Enquanto não cumpre a nova Lei de Bases do Sistema Desportivo, o futebol rege-se pelo anterior modelo, mas até nesse já está em ilegalidade, pois o artigo 78.º dos Estatutos da FPF prevê no número dois que "os órgãos sociais eleitos cessam o mandato no final do próximo ciclo do Campeonato do Mundo de Futebol sénior". 

O artigo 64.º dos Estatutos atribui ao presidente da AG o poder de designar a data de realização do ato eleitoral, dirigi-lo e decidir da elegibilidade dos candidatos, sendo que as listas são apresentadas até 25 dias antes das eleições. 

A partir daí, os serviços da FPF têm oito dias para verificar a elegibilidade dos candidatos e notificarem os sócios ordinários da composição das listas para, querendo, se prenunciarem em igual prazo. 

A composição final das listas candidatas é notificada aos sócios ordinários até três dias antes do ato eleitoral que será repetido, com as duas listas mais votadas, se à primeira volta nenhuma lista obtiver maioria absoluta, como obriga o artigo 65.º. 

Desconhecida qualquer iniciativa no sentido de se cumprir os estatutos ainda em vigor, a Lusa tentou repetidas vezes contactar o presidente da assembleia geral, Avelino Ribeiro, mas a verdade é que as várias iniciativas se revelaram infrutíferas. 

Enquanto a aprovação dos novos estatutos continua "emperrada", permanece a dúvida se os atuais órgãos sociais da FPF podem, legalmente, esperar pela conclusão deste processo para marcar eleições. 

Não sei muito sobre esta lei de bases. Eu gosto é de bola e as politiquices passam-me ao lado. Pelo que leio, apesar de manter uma separação entre as ligas profissionais e os campeonatos amadores, dá mais poderes à FPF, centraliza a arbitragem e disciplina e retira poderes às associações. Poderá ser uma maneira de contrariar o famoso sistema. Mas isso depende de quem lá for parar. Espero que o nosso presidente não se deixe ultraspassar neste assunto.

E segue

Um golo anulado ontem ao Olhanense (afinal aquela venda do Moutinho foi um grande negócio, vale milhões e vale pontos) e um penalty no final do jogo do Bellushi sobre um jogador do Braga que transformava uma vitória num empate.

Estou revoltado e desiludido. Como é que o nosso presidente, supostamente um homem formado na "escola da vida", se deixou papar desta maneira?

Só resta salvar a época na Europa, com uma grande campanha. Mas para isso é preciso jogar o que se jogou o ano passado, o que com esta desmotivação também é difícil.

Ontem dei por mim a pensar que preferia ver o Benfica a lutar pela permanência ou pela Europa na Liga Inglesa do que a tentar lutar por campeonatos que, com este sistema todo montado e já com sucessão à vista (o Salvador está na escola em Braga a aprender como faz o amigo Jorge Nuno), só acontecem com uma combinação cósmica de eventos em que temos o melhor plantel, o melhor treinador, jogamos à bola que é um disparate, batemos recordes de pontuação, temos o melhor ataque e a melhor defesa. E os outros, de que é que precisam para ser campeões? Aparecer e cumprir os mínimos olímpicos. Com a tranquilidade de saberem que quando falharem, alguém acerta por eles.

sábado, 11 de setembro de 2010

Abatido

Eu e o Benfica. Ontem assisti a mais uma vergonha do Olegário e não vai ser a última desta época. Estou desiludido e vou continuar a apoiar o Benfica na Luz e alguns estádios por aí fora por orgulho em ser deste clube, por hábito, por gostar de ir à bola, mas sem esperança nenhuma de ter uma boa época. Já sei a classificação deste ano:

1º Porto
2º Braga
3º Depende. Se o nível de futebol do Sporting continuar igual ao do ano passado, pode ser que lá cheguemos.

O ano passado jogámos um futebol espetacular. Fomos uma equipa do melhor que se viu em Portugal nas últimas décadas e, mesmo assim, a bater recordes de pontos e eficiência percentual na liga, só ganhámos o campeonato na última jornada. Coincidência? Não.

Este ano, a jogar metade ou menos do que jogámos o ano passado (não se sabendo ainda bem porquê) não temos hipótese de combater isto. Os "erros" vão continuar a aparecer todos para o mesmo lado (quando já estivermos mortos e enterrados ou não interessar para nada lá aparecerá um ou outro escandaloso a nosso favor para nos atirarem à cara). A direcção da liga está escolhida, os clubes amigos estão unidos e agora, ou o Benfica e os seus adeptos tomam medidas drásticas e mostram mesmo a sua força ou nada há a fazer para salvar esta época e as próximas.

E vai custar-me ainda mais que há 7 e 6 anos atrás. Mourinho falava muito mas tinha moral para isso. Agora esta amostra de treinador que está no Porto mete-me nojo. Fala e destila ódio, nota-se mesmo a escola de que faz parte e nota-se que foi educado no clube onde está, mas a sua única moral vem das costas aquecidas pela merda do costume. Não tem nível nem qualidade para isso, mas vamos ter que continuar a gramar com ele, como se fosse a melhor cena de sempre.

Enfim, terça-feira lá estarei. E domingo. Desmotivado.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Afinal

Não havia motivos para ter medo. No geral Vieira esteve bem perante a entrevista que lhe foi feita, apesar desta me ter parecido fraquinha. Se antes da entrevista o Rodrigo Guedes de Carvalho tivesse lido o seguinte post, a coisa teria sido bem melhor:

http://ceuencarnado.blogspot.com/2010/09/perguntas-para-o-presidente.html

E se...

... o Eduardo tivesse mesmo vindo para o Benfica? As capas de jornais e a opinião pública teriam sido tão compreensivas depois destes dois jogos da selecção?

Medo

O nosso presidente vai dar uma entrevista. Não sou nem contra, nem a favor de Luís Filipe Vieira. Ninguém se chega à frente, pelo que parece ser o melhor que podemos ter de momento. Critico umas coisas, aplaudo outras. Mas, tal como acontece um pouco com Jesus (o Jorge), cada vez que fala temo pelo que vai dizer.

Espero que seja uma entrevista para os benfiquistas e não para os anti. E espero que alguém (pode ser já hoje, presidente) comece a falar publicamente para ver se os campos ficam menos inclinados este ano.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

31 de Agosto - Parte 6

Bem, então afinal, depois das entradas e saídas, com que ficámos? Já disse antes que julgo que o plantel (e volto a frisar que estou a deixar a baliza de fora da equação, por ser uma incógnita) está a um nível semelhante, ainda que diferente, ao do ano passado. No que toca ao onze ideal do ano passado, o Di Maria era diferente do Gaitán e do Salvio, mas creio que entre um e outro (baseado no que leio sobre Salvio) haverá criatividade suficiente, ora em terrenos mais interiores do lado esquerdo, ora mais avançados sobre o lado direito para esquecer Di Maria. Ramires, sim, é mais complicado de substituir e julgo que vai obrigar a um ajuste na forma de jogar do Benfica, quer seja substituído directamente no papel por Ruben Amorim, Carlos Martins ou Salvio, quer deixando de parte o sistema de jogo que funcionou o ano passado para outro mais adequado aos jogadores que temos.

Mas o plantel do ano passado não era perfeito e este ano não me parece que tenham havido upgrades em relação ao ano passado, apenas retoques para substituir jogadores que saíram. Continuamos sem alternativas válidas nas laterais. César Peixoto é fraquinho e Ruben Amorim é sempre certo e esforçado no meio-campo, mas a lateral não joga o que sabe. Foi-se buscar Fábio Faria que não me parece ter nada a mais que Miguel Vitor, jogador da casa, que correspondeu sempre que teve que entrar. Continuamos com jogadores a mais que não têm qualidade para o Benfica, como Luís Filipe, Jorge Ribeiro, Zoro, etc e tal, a receber ordenado para viver em Lisboa.

Nada disto foi resolvido e parece que o planeamento desta época limitou-se a ir buscar jogadores bastante diferentes dos que saíram para substituir estes últimos. Além da adaptação dos jogadores à equipa, a equipa tem que se habituar à forma de jogar dos novos jogadores, daí que entre a táctica eleita o ano passado e a tentativa de jogar numa nova, não imagine grandes diferenças em eficácia de actuações, ao contrário do que seria de esperar de uma equipa já rotinada. Pelo meio, declarações contraditórias, em que se dizia que Gaitán, por exemplo, não vinha para substituir Di Maria e passado uns tempos já era o seu substituto. E estas dúvidas (dos adeptos, pelo menos, espero que o nosso treinador não as tenha) já com o campeonato em andamento.

Não parece estar fácil, mas é este o plantel que temos é com este que vamos rumo aos 33.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Já agora

Mais para a minha memória do que para os (muito) poucos que lêem este blogue, quero deixar aqui registadas as declarações do Jesualdo Ferreira numa entrevista que deu, agora que já não tem o Sr. Presidente Jorge Nuno a ditar-lhe ao ouvido o que deve dizer:

- Porque é que perderam o campeonato?
- Não fomos tão competentes como nos anos anteriores e houve duas equipas, nomeadamente a que foi campeã, que foi mais competente. O treinador é o mais responsável. Quando digo nós refiro-me a todo o grupo. Houve muitas razões, mas não me parece correcto enumerá-las porque estaria a apresentar apenas uma parte do problema. Ia falar de uma árvore quando aquilo foi uma floresta, mas se alguém o quiser fazer no futuro, cá tenho a minha árvore para a descascar.

Em relação à selecção

Nos dias que correm, só me preocupa uma coisa. Quais os jogadores do Benfica que lá vão e o estado em que regressam. O Fábio Coentrão voltou com uma mialgia. Foi assistido quase no fim do jogo, mas voltou para o campo. Tem piada, porque lembro-me quando o senhor-que-ficou-no-camarote trabalhava em Manchester e criticava publicamente os responsáveis das selecções pelo esforço a que eram submetidos os jogadores, nomeadamente o menino da camisola 7. Coerência.

sábado, 4 de setembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

31 de Agosto - Parte 5

Já me faltam os títulos, segue por partes.

Ficámos com um plantel ao mesmo nível do ano passado. Deixando o caso da baliza de parte, perdemos o Di Maria e o Ramires mas ganhámos Gaitán, Jara e Salvio, que, apesar de diferentes dos dois que saíram, podem ser opções válidas. Dependerá da forma como o Benfica jogar.

Para ter largura de jogo, seja em 4-4-2 ou 4-3-3 não é obrigatório ter extremos. Imensas equipas de futebol jogam sem extremos. O Inter não os tinha, a Espanha usou o Iniesta e o Villa para chegar junto às linhas, o Arsenal também joga um futebol completamente virado para o ataque e não usa extremos. Com os laterais que temos (principalmente o Fábio Coentrão mas também o Maxi), com jogadores móveis no meio campo como o Aimar e o Gaitán e avançados como o Saviola e o Jara (Salvio ainda é uma incógnita), parece-me que a necessidade de extremos é nula. Resta Cardozo, que provavelmente beneficia mais de um 4-4-2 clássico, mas a verdade é que ele lá vai marcando golos de época para época, com treinadores e sistemas diferentes, pelo que isso também não será problema. Confesso que sou da opinião que o Benfica do ano passado, com um avançado igualmente finalizador mas mais móvel - à imagem do, pois, Falcão - teria sido um caso ainda mais sério, mas Cardozo está lá para marcar e marca. E não há teorias que se possam usar contra isso.

Usar os laterais como principal arma nos flancos obriga a uma maior atenção e desgaste do meio campo, pelo que o (lá vem jargão futebolístico) duplo pivot a meio-campo seria uma hipótese a considerar, mas esse tipo de análises deixo ao Freitas Lobo e ao nosso treinador.

É que para ser o maior não basta ganhar um campeonato sem espinhas. É preciso ganhar outro a seguir, reinventar formas de jogar sem perder qualidade e resolver problemas e adversidades como tivémos até agora. Mister, as entrevistas a armar ao pingarelho no fim da época passada tiveram a sua piada, mas agora é que é altura de provar que é mesmo o maior.

31 de Agosto - Os que não vieram

De acordo com o controlo feito por alguns benfiquistas, foram noticiados 116 nomes para o Benfica. Se a esmagadora maioria deles nem deve ter passado de fantasia jornalística, alguns houve que foram mesmo tentativas falhadas (e já não são poucas essas novelas).

A última foi Hleb. Não me fez grande mossa. Parece-me um jogador como o Gaitán. Joga mais ao centro, ao longo da carreira foi sendo desviado para as alas, mas não é um extremo puro. Tem outras qualidades, tem experiência, mas só vinha acrescentar alguma maturidade e classe à equipa, até porque é um jogador cheio de lesões e sempre me pareceu um bocado macio na altura de pressionar e lutar pela posse de bola, pelo que além de Di Maria também não faria esquecer Ramires.

Já o James Rodriguez, por muito que me custe, se queríamos um miúdo com potencial à imagem do Di Maria era a escolha acertada. Espero enganar-me, mas acho que vai dar muitas alegrias aos lá de cima. Disse o mesmo do Falcão o ano passado e, infelizmente, tinha razão. Desta vez espero não ter.

Se queríamos alguém para substituir o Ramires e o Di Maria directamente, isto é, em estilo de jogo, parece-me (e aqui não tenho PFC nem vídeos de empresários, mas tenho o Youtube, que pelos barretes que se vão enfiando e de acordo com o Rui Oliveira e Costa é a mesma coisa) que o Wesley e Elias para o primeiro ou James Rodriguez ou Leto para o segundo tinham sido boas apostas.

Com isto, não quero dizer que acho que não temos um plantel suficientemente bom para voltarmos a ser campeões. Deixo isso para outro post, que este também já vai longo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sobre a entrada de um jovem da formação

http://www.youtube.com/watch?v=ARsXCnoyAis

31 de Agosto - Roberto

Quanto a Roberto, não há muito a dizer que não tenha sido dito. Acho inacreditável que tenha custado 8,5 milhões de euros e vou sempre ficar à espera de uma explicação sobre este valor surreal para qualquer pessoa que perceba minimamente de futebol. Ou alguém meteu dinheiro ao bolso, o que é muito grave, ou quem conduziu a negociação (e pelo que se diz foi o próprio Luis Filipe Vieira) não percebe nada disto, o que é igualmente grave.

Um parágrafo para esclarecer que mesmo que o Roberto se venha a revelar um Buffon, continua a ter sido caro. Quando se compra um jogador pode acreditar-se no valor que ele virá a ter, mas a negociação tem que ser feita com base na sua situação actual - e se quem vendeu acreditasse que ele tinha valor para chegar a esse patamar, não seria a última opção para a baliza. Além do facto de que o mercado está em baixa. Os defensores das capacidades negociais do presidente fartaram-se de desculpar as vendas do Di Maria e do Ramires bem abaixo das cláusulas com o mercado em baixa e longe das loucuras de épocas recentes.

O valor qualitativo, propriamente dito, do guarda-redes continua a ser um bocado incóngito. Quero acreditar que as falhas têm sido fruto da adaptação e pressão e que Roberto vai acabar por convencer toda a gente, mas uma coisa é um frango, outra coisa são falhas técnicas como algumas a que temos assistido. Por muito que me custe, acho que Roberto não tem qualidade para ser guarda-redes do Benfica, o que nos deixa numa posição muito inglória, pelo dinheiro que gastámos nele, pela forma como foi dispensado o Quim e pelo facto de termos essa posição ao cargo de 3 jogadores sem capacidade para a segurar com a qualidade que o Benfica merece. E pensar que os nossos rivais foram buscar um internacional alemão de 31 anos a custo zero ainda azeda mais a coisa...

O penalty defendido contra o Vitória de Setúbal foi um momento inesquecível, mas pode ter sido o pior que nos podia ter acontecido, numa altura em que se falava no seu empréstimo e na contratação de outro guarda-redes, o que seria a humilhante admissão de um erro grosseiro, mas salvava a posição no campo para esta época. Com aquele penalty acabou a moral para fazer essa troca e agora podem acontecer duas coisas.  O Roberto pode realmente dar a volta por cima e provar a todos que afinal é mesmo um grande guarda-redes. Ou, a hipótese que mais temo e também acho mais provável, mais tarde ou mais cedo o Roberto volta a falhar e já não há nada a fazer até Janeiro. É esperar para ver.

31 de Agosto - Entradas

A maior parte das entradas já estavam garantidas desde Janeiro deste ano.

O Fábio Faria não o conheço suficientemente bem dos tempos do Rio Ave. Espero que tenha talento, mas ainda não o vi e é mais uma daquelas contratações que me faz pensar se não valia mais a pena ter ficado com um ex-junior (neste caso concreto o Miguel Vitor).

O Jara parece-me uma alternativa válida. É raçudo, remate fácil, novo e pode evoluir. Em 4-3-3 ou como alternativa ao Saviola, é um bom jogador para ter no plantel.

A melhor contratação é, para mim, o Gaitan, um jogador muito talentoso e criativo. Tem falhado um pouco na finalização, às vezes abusa um bocado dos bonitos (de calcanhar, principalmente) e parece pouco competitivo, mas lembrando que a adaptação dos jogadores de outro continente é sempre demorada e que esteve lesionado, até acho que não entrou nada mal. Não é jogador para substituir Di Maria no estilo, mas no onze pode fazê-lo, basta que o tipo de jogo do Benfica também se altere um pouco, assunto que deixo para outro post.

Há também as contratações do Rodrigo e do Alípio, por valores que ninguém sabe muito bem, dado que não foi comunicado à CMVM, bem como do Oblak. O primeiro foi emprestado e o segundo ninguém sabe, está num limbo entre a equipa principal e os juniores. Se forem verdade os 6 milhões pelo Rodrigo para o emprestar, acho inacreditável que depois Luis Filipe Vieira diga sobre uma prioridade como era um substituto para o Ramires que não há dinheiro para o contratar. Somando isto aos 8,5 do Roberto, a coisa começa mesmo a cheirar mal. Oblak entendo se tiver mesmo potencial, mas não compreendo o seu empréstimo a um clube da primeira liga cujo treinador disse publicamente desconhecer completamente o jogador e que procurava um guarda-redes experiente. Assim dificilmente vai calçar, mas espero estar enganado.

O Salvio, que veio emprestado por 2 milhões e qualquer coisa (uns dizem que por 20% do passe, outros nem isso) é um jogador que não é bem carne nem peixe. Não tem nada a ver com o Ramires nem é muito parecido com o Di Maria, parece-me ser mais adequado a jogar como avançado na ala direita em 4-3-3. Depois das experiências com o Miccoli e o Reyes, não sei se quero que ele seja bom ou não. É que quando eles são bons nunca ficamos com eles. Por isso, se for mesmo bom, pelo menos que nos ajude a chegar ao título.

A conclusão fica para outro post.

31 de Agosto - Saídas

Bem, vamos lá:

Saíram o Di Maria, o Ramires e o Quim. Do primeiro estou à vontade para falar, tenho uma camisola dele da época 2008/2009 quando ainda havia muitos benfiquistas que por 10 milhões pagavam-lhe o bilhete de avião e iam levá-lo ao aeroporto. É um génio e vamos sentir a falta dele, mas não era essencial. Vamos sentir falta dos golos, das corridas, daqueles dribles em que ainda quase atabalhoadamente conseguia tocar com o pé na bola quando ela já parecia completamente fora do seu alcance. Mas isto era magia, e por muito bonito que seja, não é essencial a uma equipa de futebol, até porque temos jogadores com criatividade para, à sua maneira, nos irem dando momentos destes.

Curiosamente, também tenho camisola do Ramires. É um jogador fabuloso, do mais completo que tenho visto nos últimos anos a todos os níveis. Fisicamente é um poço de energia, o posicionamento dele é sempre bom, aparece em todo o lado, finaliza, defende. Enfim, é daqueles que nunca joga mal. Deste, acho que sentimos mais falta. Mas também não é o fim do mundo.

Do Quim, posso dizer que nunca achei que fosse guarda-redes para o Benfica (tal como o Moreira e o Júlio César),  mas a minha opinião só é essa porque a bitola está elevada. Para mim, um guarda-redes para o Benfica tem que estar ao nível dos melhores do mundo, só isso. A forma como a dispensa dele aconteceu foi muito pouco digna e abriu um bocado a porta a que se criasse uma pressão enorme da parte dos adeptos ao seu substituto, que só um nome inabalável podia apaziguar. E já se sabe o que aconteceu depois.