terça-feira, 7 de setembro de 2010

31 de Agosto - Parte 6

Bem, então afinal, depois das entradas e saídas, com que ficámos? Já disse antes que julgo que o plantel (e volto a frisar que estou a deixar a baliza de fora da equação, por ser uma incógnita) está a um nível semelhante, ainda que diferente, ao do ano passado. No que toca ao onze ideal do ano passado, o Di Maria era diferente do Gaitán e do Salvio, mas creio que entre um e outro (baseado no que leio sobre Salvio) haverá criatividade suficiente, ora em terrenos mais interiores do lado esquerdo, ora mais avançados sobre o lado direito para esquecer Di Maria. Ramires, sim, é mais complicado de substituir e julgo que vai obrigar a um ajuste na forma de jogar do Benfica, quer seja substituído directamente no papel por Ruben Amorim, Carlos Martins ou Salvio, quer deixando de parte o sistema de jogo que funcionou o ano passado para outro mais adequado aos jogadores que temos.

Mas o plantel do ano passado não era perfeito e este ano não me parece que tenham havido upgrades em relação ao ano passado, apenas retoques para substituir jogadores que saíram. Continuamos sem alternativas válidas nas laterais. César Peixoto é fraquinho e Ruben Amorim é sempre certo e esforçado no meio-campo, mas a lateral não joga o que sabe. Foi-se buscar Fábio Faria que não me parece ter nada a mais que Miguel Vitor, jogador da casa, que correspondeu sempre que teve que entrar. Continuamos com jogadores a mais que não têm qualidade para o Benfica, como Luís Filipe, Jorge Ribeiro, Zoro, etc e tal, a receber ordenado para viver em Lisboa.

Nada disto foi resolvido e parece que o planeamento desta época limitou-se a ir buscar jogadores bastante diferentes dos que saíram para substituir estes últimos. Além da adaptação dos jogadores à equipa, a equipa tem que se habituar à forma de jogar dos novos jogadores, daí que entre a táctica eleita o ano passado e a tentativa de jogar numa nova, não imagine grandes diferenças em eficácia de actuações, ao contrário do que seria de esperar de uma equipa já rotinada. Pelo meio, declarações contraditórias, em que se dizia que Gaitán, por exemplo, não vinha para substituir Di Maria e passado uns tempos já era o seu substituto. E estas dúvidas (dos adeptos, pelo menos, espero que o nosso treinador não as tenha) já com o campeonato em andamento.

Não parece estar fácil, mas é este o plantel que temos é com este que vamos rumo aos 33.

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